domingo, 24 de maio de 2015

CIRCO BRASIL 2 - A PALHAÇADA CONTINUA

Meus caros camaradas, após uns dias de inatividade, para me proporcionar um pequeno descanso, voltamos ao nosso cenário de tragicomédia em nosso Estado Brasileiro.
Nesse retorno, frente ao que vivenciamos ao longo deste maio de 2015, mais um mês recheado de piadas (não podemos chamar de outra forma) em nossa classe política, resolvemos fazer uma continuação de outro artigo que fizemos anteriormente. Hoje faremos o Circo Brasil 2!
Pra começar, nada melhor do que citarmos a postura de nosso Vice Presidente Michel Temer, quando o mesmo disse que, em relação aos evidentes rachas que vêm ocorrendo na câmara e no senado, quem está na base governista, deve obrigatoriamente apoiar o governo e assim sendo, todos governarão juntos! E o que isso significa? Obviamente que, caso alguém da base do governo entenda que as propostas de mudança apresentadas não refletem o melhor para a sociedade, deverão, por fidelidade, se posicionar a favor da contrariedade de sua visão. É PROIBIDO DISCORDAR POR SER DA BASE GOVERNISTA! E o pior é que funciona, pois quando Temer diz que fechando com o governo todos governam juntos, é claro que se refere a distribuição de cargos em troca das devidas aprovações. E assim se faz! Se fazem nós eleitores de palhaços, a custa de cargos, sem o menor pudor sequer para disfarçar.
Um outro episódio, esse realmente extremamente ridículo, foi o depoimento de Nelma Kodama na CPI da PETROBRÁS, no qual e mesma confessou ser amante do doleiro Alberto Youssef e ainda cantou a música Amada Amante do Roberto Carlos, durante seu interrogatório na CPI da PETROBRÁS. Fora esse fato, que por si só já é vergonhoso, a meliante ainda teve o apoio vocal de outro integrante da CPI! Ela foi repreendida pelo presidente da CPI, mas já era tarde. O circo mais uma vez já havia sido estabelecido, envergonhando nosso Brasil internacionalmente, já que uma pessoa condenada por participação em um mega esquema de corrupção e evasão de divisas, não teve o menor respeito nem pudor de ridicularizar uma sessão de interrogatório de uma CPI.
E não vamos nos esquecer do eterno choro de perdedor do PSDB, cuja lágrima se faz sempre presente no discurso de Aécio Neves, até hoje inconformado. A cada vez que aparece na TV fazendo discursos pró impeachment, mais contribui para a piada que é nossa classe política. Nosso governo hoje realmente está longe de ser um exemplo, mas infelizmente foi eleito de forma legítima e nada se prova contra a figura de Dilma. Dessa forma, em vez de chorar, eles deve procurar é trabalhar na câmara e no senado, visando dar um mínimo de contribuição para minimizar as dificuldades que hoje vivemos. E também olhar para si mesmo, e ver que também existe um forte histórico de corrupção e má administração dentro de sua estrutura. Não esqueçam das maracutaias do Metrô de São Paulo e da derrota vergonhosa que Aécio sofreu em MG (o rei dos aeroportos!).
Pois é, meus caros camaradas, mais uma vez estamos nós fazendo um claro papel de palhaço. No congresso, votos são negociados em troca de cargos a luz de nossos olhos, e fingem que tudo está dentro do melhor padrão de moral. Votações são adiadas, sob as mais variadas desculpas, mas o que vemos são sim negociatas escusas das mais diversas.
E quando vemos uma operação séria, do nível da Lava Jato, correndo dentro de uma lógica e estratégia ímpar, com grandes possibilidades de bons resultados, vemos nossa classe política criando uma CPI onde o que assistimos são frequentes espetáculos lamentáveis de falta de ética e respeito pela sociedade brasileira. Hoje temos até cantoria e detalhamento de vida pessoal e sobre onde estava o dinheiro, na calcinha ou na calça. Na próxima será que vão fazer uma enquete nacional para o público votar? Mais uma vez estamos nós, contra nossa vontade, participando desse circo do Estado Brasileiros.
Ainda que seja uma questão vergonhosa, o que passamos hoje é uma realidade. Mas também aprendi que o tempo é o senhor da razão. Tudo há de se esclarecer um dia, mesmo que vivo não esteja aqui para ver e comentar. Como acredito nisso, tomo isso como verdade e a verdade prevalece.
Grande abraço, meus caros camaradas!

domingo, 3 de maio de 2015

EGOÍSMO – UM MAL DA SOCIEDADE


Pessoal, voltando um pouco no passado, logo após as eleições presidenciais, quando reelegemos nossa presidente para mais 4 anos de mandato, percebi a real divisão que existe em nosso país. Uma divisão mórbida, diga-se de passagem, moldada pelo egoísmo e pelo preconceito. A população do Norte e Nordeste brasileiro, que foi a grande responsável pela reeleição de Dilma Roussef (claro que MG e RJ contribuíram bastante), sofreu um verdadeiro “bulling”, por parte do Sul, Sudeste e Centro Oeste. Foram duramente criticados e em certos aspectos humilhados em redes sociais, como foi bastante divulgado pela mídia.
Quero, antes de mais nada dizer que Dilma nunca teve meu apoio, nem minha simpatia, assim como também nenhum outro candidato. O Brasil hoje em termos de políticos não tem muito boa coisa pra oferecer. Mas uma coisa é certa: nos últimos anos, mesmo com as falhas de gestão, de planejamento e os escândalos de corrupção, as populações pobres do Brasil, puderam, não em sua totalidade, mas em uma boa parte, ter acesso a mais alimentação, mais moradia, mas condições de aquisição. Infelizmente saúde, segurança pública e educação ainda ficam um pouco a desejar. Esse é o motivo pelo qual o Norte e o Nordeste, regiões notórias por sua condição de pobreza, votaram pela permanência do governo atual.
Obviamente, temos uma outra parcela da sociedade, que é um pouco mais favorecida, ou seja, não passa tantas dificuldades quanto essas outras populações já citadas, que pretende, e é um direito seu, progredir e melhorar de vida. Ter sucesso profissional, financeiro. Crescer em diversos aspectos. É um sentimento legítimo, sem dúvida! E o que proporcionaria isso, seria exatamente a mudança de governo. Até aí, sem problemas. Apenas divergências políticas. Porém, frente a derrota da oposição nas urnas, a reação dessa parcela da sociedade é que desqualificou sua postura.
Ver nas redes sociais as piadas infames e as críticas a miséria e pobreza das classes menos favorecidas, foi realmente merecedor de minha mais profunda indignação. Já não é correto julgar os outros por conta de sua opinião divergente, quanto mais por conta de sua condição totalmente desfavorável. Podemos dizer que em relação a algumas populações de determinadas regiões do Brasil, somos verdadeiros milionários!
É óbvio que nesse caso, quando se apresenta uma proposta de contribuição para incremento nos ganhos mensais, alimentação e moradia, de pessoas que muito mal conseguem uma única refeição digna por dia, essas pessoas serão fiéis a legenda que proporciona tais adequações. É muito óbvio, claro, que vemos sim um cristalino interesse eleitoreiro nessas políticas. Não nos enganemos pensando que há uma dose magnífica de benevolência, porque não há.
Mas pergunto: o que outros governos fizeram então de sólido, de realmente estável para pelo menos reduzir essa condição tão adversa de nossas classes mais necessitadas? Eu posso responder: NADA! E é exatamente isso que proporciona ao governo atual, a condição de se agarrar nessas políticas populistas e eleitoreiras, para se garantir mais e mais tempo no poder.
Vemos muitas pessoas darem depoimentos que esses benefícios na verdade acabam gerando uma “pouca vontade” de trabalhar, de buscar um esforço para conseguir o sustento, porque tudo já vem pronto, na mão, basta atender aos requisitos apresentados. E eu digo que concordo. Porém mais uma vez reforço dizendo que a culpa é a inoperância de todos os governos que já tivemos. O governo atual proporciona os benefícios sem as devidas avaliações, o que acaba beneficiando tanto quem realmente precisa, quanto aqueles que querem viver a sombra de doações, como se diz popularmente “na molezinha”. E se isso ganha eleição, melhor ainda!
Agora, o que não se pode é deixar de enxergar que uma boa parte dos beneficiados realmente necessita desses programas. Boa parte dessas pessoas se esforça muito e muito, dentro de toda a adversidade que a vida lhes proporciona, sem oportunidades, para muito mal conseguirem ou um almoço ou uma janta. E nós não podemos fazer um julgamento tão leviano e generalista, pra não dizer preconceituoso, dizendo que essas populações pobres do Norte e Nordeste do país é que vivem entregando o Brasil nas mãos do governo que nos afunda na corrupção e na decadência econômica. É simples: outros governos simplesmente focaram no desenvolvimento sócio – econômico partindo da classe média e empresarial. Necessário, claro. Mas também com muita corrupção e bandalheira. E a população miserável e faminta? Foi ficando para trás e perdendo a credibilidade na classe política.
Pessoal, como conclusão, digo que cada governo tem o direito e dever, de proporcionar o desenvolvimento de um país e todas as suas classes, porém com as devidas priorizações. Se temos pessoas que não comem, que é o mínimo, temos que partir daí. Me atrevo a dizer o seguinte: apesar de não flertar com o governo atual, principalmente pela figura de nossa presidente, prefiro ficar mais 4 a 8 anos estagnado na mesma condição em que me encontro, se isso for necessário para que TODOS no Brasil possam pelo menos conseguir ter 3 refeições diárias. Se isso for eleitoreiro ou populista, para mim não importa. Vejo como humanitário primeiramente. Abro mão de qualquer crescimento financeiro ou profissional, se necessário for, para que isso se concretize. Mas permaneço na esperança, e que não seja vã, que um dia, tenhamos um governo não perfeito, mas que faça minimamente a coisa certa. Que priorize suas ações, levando em conta as necessidades de cada classe social, garantindo assim um crescimento sustentável, evitando a mentira e se apoiando na verdade, pois a verdade prevalece!

FALTA DE ÉTICA – ESSA É NOSSA REALIDADE


Recentemente, em jantar que reuniu quase 50 deputados da bancada do PMDB, realizado em 30 de abril de 2015, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), destacou o protagonismo de seu partido no Congresso e ironizou o PT. Segundo o jornal O Globo, Cunha disse aos colegas que “todo mundo” está contra a legenda da presidente Dilma e que os petistas só vencem as votações na Câmara quando eles, os peemedebistas, “têm pena”.
“Muito bom ver essa bancada unida (PMDB). É um bom momento para todos nós. Não ter dependido do PT e da oposição (para ganhar a eleição de presidente da Casa) permitiu ao PMDB esse protagonismo político. E nos deu a liberdade para fazer o que estamos fazendo. É só olhar. É impressionante. Onde o PT vai, está todo mundo contra. No plenário… Impressionante. O PT não ganha uma votação. Só quando a gente fica com pena na última hora”, afirmou o deputado, de acordo com relato do repórter Evandro Éboli.
Do jantar, realizado no apartamento do deputado Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG), filho do ex-governador mineiro Newton Cardoso, participaram dois ministros de Dilma: o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves, do Turismo, e o deputado licenciado Eliseu Padilha, titular da Secretaria de Aviação Civil.
Desde sua eleição para o comando da Câmara, em fevereiro, Eduardo Cunha impôs uma série de derrotas ao Planalto, a mais recente delas foi no projeto de regulamentação da terceirização. Toda a bancada petista votou contra a proposta, que passou pela Câmara e agora está em discussão no Senado.
E o que vemos aqui, pessoal? Mais uma grande demonstração de falta de ética. Esse é o comando de nossa Câmara dos Deputados. Fica clara a demonstração pura e simples de interesse pelo poder, desconsiderando a aliança política entre os dois partidos, a qual parece claramente ir por água abaixo.
É assustador, pois se vemos essa concorrência dentro da própria bancada governista, o que de positivo podemos esperar? Será que tudo o que fazem é por estarem realmente contra a política do governos atual, ou na verdade existem interesses claramente eleitoreiros, onde se aproveita o clamor das ruas para pegar carona em uma nova onda visando seus próprios interesses?
Pessoal, é ridículo ouvir que o PT só ganha na câmara quando o PMDB tem pena. E não fico indignado por ser o PT. Que fosse outro partido qualquer! Isso é uma falta de ética, de moral, de princípios, de uma grandeza absurdamente vexatória! E vejam também que dentro do próprio PMDB existe um racha. Lembrem da batalha entre Eduardo Cunha e Renan Calheiros, a respeito do projeto da terceirização. Como Calheiros disse que não priorizaria a votação desse projeto, Cunha afirmou que começaria a travar na Câmara as propostas do Senado. Uma verdadeira guerra de vizinhas faladeiras! E com isso, mais uma vez nosso país ficou internacionalmente exposto ao ridículo, por conta da imbecilidade e desmandos de nossa classe política.
Camaradas, mais uma vez temos aí a infelicidade de confirmarmos em quão péssimas mãos está o destino de nosso país. Para aqueles que defendem o impeachment, apesar de ser seu direito de opinião, percebam que é nessas mãos que o país cairá, caso não se façam novas eleições. O primeiro da lista é Michel Temer, de onde? PMDB! Se por algum motivo não for o Temer, vai Renan Calheiros, PMBD e investigado na Lava Jato! Ah, não dá para o Renan, vai quem então? Eduardo Cunha, PMDB e também no pacote da Lava Jato! Melhor pensar um pouco, e refletir nas palavras da própria oposição, que não me agrada, mas que confesso teve um lampejo de inteligência, na figura de sua maior liderança, Fernando Henrique Cardoso, que disse o seguinte:
“Impeachment não pode ser tese. Quem diz se houve uma razão objetiva é a Justiça e a polícia. Os partidos não podem se antecipar a tudo isso, não faz sentido. É precipitação.”
Sábias palavras de quem consegue enxergar as consequências de um impeachment, desde a possibilidade de poder a esses políticos que descrevemos acima, quanto a possibilidade de uma tomada de poder surpresa pelos militares. Ou vocês acham que eles estão alheios a isso tudo? Será que eles vão ficar inertes vendo a possibilidade de um novo impeachment menos de 25 anos após o caso Collor? Muito importante refletirmos sobre tudo isso.
O que realmente gostaria, é que nossos políticos dedicassem pelo menos 5 minutos de seu precioso tempo, abrindo mão das mentiras e falcatruas que tanto promovem contra nossa população, e aproveitassem esses poucos 5 minutos ao dia, para nos dizer simplesmente a verdade. Mas mesmo que não o façam, eu ainda tenho certa esperança que um dia haja uma mudança, mínima que seja, onde se aumente, dentro da classe política, a disseminação da verdade, pois esta tende a se estabeler por sua própria força, já que a verdade prevalece.