quinta-feira, 24 de setembro de 2020

COMO NASCEM OS MONSTROS - SERIAL KILLERS PARTE FINAL


TRAÇANDO O PERFIL DE UM SERIAL KILLER

Determinar a assinatura e o MO são aspectos usados para se traçar o perfil. A unidade de Ciências Comportamentais do FBI desenvolveu o processo de traçar perfis nos anos 70, e Ted Bundy foi um dos primeiros serial killers a ter seu perfil traçado. Estudos de psicólogos e psiquiatras e informações reunidas de assassinatos em série do passado entram na criação do perfil, juntamente com informações da cena do crime e depoimentos de testemunhas. Por exemplo, se a vítima é branca, o assassino provavelmente é branco. Se a cena do crime mostra sinais de um planejamento cuidadoso, o assassino é provavelmente inteligente e mais velho. Se a vítima foi mutilada de maneira desorganizada, o assassino é provavelmente esquizofrênico, e esquizofrênicos são geralmente muito magros e desleixados.

Os perfis não são 100% exatos, mas geralmente chegam muito perto. Segundo Robert Keppell, detetive que tomou a confissão de Bundy, o perfil montado para os crimes de Bundy era perfeito, "chegando ao ponto em que previa que ele tinha um meio-irmão e ele tinha mesmo"

Quando o perfil é finalizado, os investigadores conferem a lista de suspeitos e determinam qual deles provavelmente cometeu o crime e a melhor forma de capturá-lo. Alguns serial killers organizados, como Dennis Rader (o Assassino BTK), sentem a necessidade de insultar a polícia, o que às vezes leva à sua captura. Rader mandou para a polícia um disquete com meta-dados que foram rastreados e chegaram à sua igreja. Muitos serial killers, até mesmo aqueles incrivelmente organizados e metódicos, acabam dando uma escorregadela que leva à sua prisão. No caso de Jeffrey Dahmer, uma vítima escapou e levou a polícia ao apartamento de Dahmer. Algumas vítimas de John Wayne Gacy haviam trabalhado em sua construtora.

Mas nem todos os serial killers são pegos. Alguns são presos ou pegos por outros crimes, e evidências levam os investigadores aos assassinatos. Ted Bundy foi pego em uma operação de rotina da polícia no trânsito, e David Berkowitz, o "Filho de Sam", foi pego por ficar vagando na rua, e acreditava-se que era testemunha dos crimes ao invés de o assassino.

Quando condenados, a maioria dos serial killers passa o resto da vida na prisão ou é executada se a pena de morte (em inglês) existir em seu estado. Ed Gein é uma exceção. Num primeiro momento, declarado incapaz para um julgamento, Gein foi mandado para uma instituição psiquiátrica. Seu psiquiatra então determinou que ele era capaz de ir a julgamento, e o juiz o considerou inocente por razão de insanidade. Gein morreu em 1984 de deficiência cardíaca.

Muitos pesquisadores concordam que não há uma maneira de "curar" um serial killer. Alguns serial killers que passaram um tempo em instituições psiquiátricas depois de cometer os crimes ou receberam tratamento psiquiátrico foram considerados "curados" e foram libertos. Mas mataram de novo. Peter Woodcock passou 35 anos em um hospital psiquiátrico para criminosos em Ontário, no Canadá, depois de matar três crianças. Poucas horas depois de ser solto, matou um colega paciente do hospital e foi imediatamente enviado de volta à instituição.

Até sabermos mais sobre como barrar serial killers antes que comecem a matar ou melhorarmos as maneiras de capturá-los antes de continuarem seu ciclo de assassinatos, eles continuarão sendo uma realidade, assim como os assassinatos em si.


CONCLUSÃO

Após todos os fatos expostos ao longo das 7 postagens sobre este tema, podemos concluir que, indivíduos que se embrenham pelos caminhos dos assassinatos em série, realmente possuem algum tipo de desvio de personalidade. Entretanto, vale também ressaltar que, nós, em nosso cotidiano, podemos, mesmo de forma involuntária, porém até certo ponto decisiva, estar contribuindo para o surgimento desse tipo de monstro social.

Não temos como saber o que se passa na mente das pessoas de nosso convívio, daí é muito importante termos cuidado com nossas palavras, atos, enfim, nosso modo de expressão de forma geral. Em alguns casos, basta uma única palavra, por vezes até mesmo mal interpretada, para termos nas ruas um novo “serial killer”.

Também é muito importante salientar o valor inigualável de se proporcionar aos nossos filhos uma criação adequada e um lar sem sombras, pois será de responsabilidade dessas crianças de hoje, a saúde da sociedade de amanhã. 

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

COMO NASCEM OS MONSTROS - SERIAL KILLERS PARTE 6


COMO PEGAR UM SERIAL KILLER

Um serial killer continua matando até que uma das quatro coisas a seguir aconteça: ele é pego, morre, se mata, ou se cansa de matar. Obviamente, quando a polícia determina que uma corrente de assassinatos possa ser atribuída a uma pessoa, o objetivo é prendê-la o mais rápido possível. Mas como eles descobrem quem foi? E como os serial killers são pegos?

Logo depois de qualquer homicídio, investigar a cena do crime e realizar uma autópsia fazem parte da rotina da polícia para tentar resolver o crime. Quando todas as informações são coletadas, podem ser adicionadas a um banco de dados nacional, mantido pelo FBI, como parte do ViCAP (Programa de Prisão de Criminosos Violentos). Este programa pode ajudar a determinar padrões, ou assinaturas, que ligam homicídios diferentes.

Segundo o especialista em perfis do FBI John Douglas, a assinatura "é um ritual, algo que o sujeito faz intencionalmente para obter satisfação emocional - algo que não é necessário para perpetuar o crime". Alguns serial killers colocam as vítimas em certas posições, ou as deixam em determinados locais depois de matá-las. Outra assinatura pode ser um método de tortura ou mutilação. É o que o assassino faz para satisfazer suas fantasias, e pode dizer muito aos investigadores sobre sua personalidade.

Os investigadores também observam o MO, ou modus operandi, do crime. O MO mostra o que o assassino teve de fazer para cometer o crime. Isto inclui tudo, desde seduzir e encarcerar sua vítima até a maneira como ele a mata. O MO de um serial killer pode mudar com o tempo. Basicamente, ele aprende com erros passados e melhora com o tempo.

A maioria das pessoas tem dois cromossomos sexuais, XX (mulheres) ou XY (homens). Mas algumas pessoas têm um cromossomo Y a mais, e têm a síndrome de Klinefelter. Pessoas com esta doença são geralmente homens e têm níveis de testosterona mais baixos que homens XY. Alguns pesquisadores sugeriram que homens XYY são mais agressivos e têm mais chance de serem abusivos fisicamente. Descobriu-se que Arthur Shawcross era um homem XYY. A síndrome de Klinefelter ocorre em 1 entre 500 e 1 entre 1.000 nascimentos. Portanto, ao passo em que pode ser um fator, certamente não pode ser o único fator determinante da constituição de um serial killer.

Na próxima postagem, falaremos sobre como traçar o perfil de um serial killer. Até lá!

sábado, 12 de setembro de 2020

COMO NASCEM OS MONSTROS - SERIAL KILLERS PARTE 5

ALGUNS SERIAL KILLERS PELO MUNDO


Edward Theodore Gein - Década de 50.

Seus crimes inspiraram o filme psicose e embora muitos o tenham excedido em número de mortes, nunca se viu nada semelhante no campo da “aberração mental”. Sempre teve dúvidas de sua masculinidade tendo pensado em amputar seu pênis, mas decidiu-se para tornar-se mulher freqüentar cemitérios retirando corpos ou partes deles e usando como decoração em sua casa. Em ocasiões especiais, usava o pedaço mais fino para usar em casa, vestia vestes completas feitas com os órgãos que retirava. Mas precisava de mais e em 54 começa a matar. Preso, confessa dois assassinatos e o roubo dos túmulos, porém o número parece ter sido maior, inclusive o de seu irmão. Morreu em um manicômio judiciário.


JohWayne Gacy Jr - Década de 70.

Seu pai, um tirano, alcoólatra. Era crudelíssimo com ele espancando-o brutalmente e chamando-o de menininha estúpida e inútil, fazendo-o crescer duvidando de sua masculinidade. Formou-se em administração e chegou a casar-se por duas vezes. Fazia festas em sua casa quando se vestia de palhaço tendo ficado conhecido desta forma por muitos. Não tinha padrão ao escolher suas vítimas que podiam ser conhecidos ou não, ele as estrangulava guardava em casa. Foram tantas vítimas que ficou sem espaço passando a desovar num rio próximo de casa. Foi preso e recebeu sentença de prisão perpétua por 33 assassinatos. A pena capital foi reestabelecida em seu estado tendo sido executado por injeção letal em 94.


Jeffrey Lionel Dahmer - Década 80/90.

De significativo em sua história de infância: foi molestado por um garoto vizinho aos oito anos e seus pais tinham brigas ferozes depois de separados. Tinha um padrão de comportamento exibicionista. Em sua mente doentia, criou a idéia de criar zumbis que seriam seus brinquedos sexuais vivos, para isso, fazia buracos nas cabeças das vítimas escolhidas e pingava líquidos cáusticos nas feridas, tentando assim destruir a vontade da vítima. Experimentou segundo ele, canibalismo com pelo menos um corpo, embora dissesse que não era sua prática comum. Foi condenado à prisão perpétua tendo sido morto na prisão em 94.


Theodore Robert Bundy – Década de 70.

Esse sociopata contrasta com a imagem que temos de um “louco homicida”. Era atraente, autoconfiante, politicamente ambicioso, bem sucedido com uma ampla variedade de mulheres. Tinha temperamento explosivo e imprevisível e boas notas na época da escola. Entrou para a faculdade, trabalhando meio período numa linha direta para suicidas, assumindo assim sua aparência de respeitável membro da sociedade. Em 1974 faz sua primeira vítima, dando início a uma série de assassinatos brutais. Seu padrão eram mulheres jovens, atraentes, com cabelos escuros na altura do ombro e repartidos no meio, todas muito parecidas fisicamente. Ted foi executado em cadeira elétrica em 1989 confessando de 20 a 30 assassinatos.


Andrei Romanovich Chikatilo - Década de 70/80.

Serial killer de manifestação tardia colocou a culpa em sua infância sofrida com o regime soviético. Tinha grau universitário, esposa, dois filhos. Era um “homem inserido na sociedade”. Chamava-se de “besta louca”e “erro da natureza”. Seu primeiro crime foi em 1978 quando já tinha 42 anos. Seus crimes eram extremamente cruéis, a ponto de ser apelidado de o “Estripador de Rastov”. Tinha padrões de canibalismo que negou com algumas vítimas, muitas encontradas faltando órgãos. Suas vítimas eram mulheres e crianças jovens de ambos os sexos. Já na prisão, confessou 55 homicídios, foi condenado à morte e executado com um tiro.


ALGUNS SERIAL KILLERS BRASILEIROS

Adriano da Silva - Suspeito de ter assassinado e violentado 12 crianças.

Bandido da Luz Vermelha - Assassino notável pela crueldade e frieza.

Chico Picadinho - Esquartejava as vítimas.

Maníaco do Parque - Estuprava e asfixiava as mulheres que seduzia.

Marcelo de Andrade - Estuprou e matou onze meninos, no Rio de Janeiro, RJ, após o que bebeu seu sangue e comeu parte de suas carnes.

Maniaco da Cruz - Aos dezesseis anos foi preso depois de ter matado pelo menos 3 vítimas em Rio Brilhante, MS. O assassino disse que é um fã de Francisco de Assis Pereira, o tal Maníaco do Parque. Depois de matar, deixava as vítimas nuas , com as pernas fechadas e os braços abertos em sinal da cruz.

Esses caras são realmente aterrorizantes!!!


Na próxima postagem, falaremos sobre como pegar um Serial Killer. Até lá!


terça-feira, 8 de setembro de 2020

COMO NASCEM OS MONSTROS - SERIAL KILLERS PARTE 4

 


AS MOTIVAÇÕES DOS SERIAL KILLERS

Um dos aspectos mais estudados dos assassinatos em série é saber o por quê de tais atitudes. Várias teorias foram anunciadas como explicações em potencial. Mas esclarecer como um serial killer é criado é como resolver um cubo mágico. Em outras palavras, não existe resposta. Em todo caso, existem três teorias possíveis: negligência e abuso na infância, doença mental e danos cerebrais

Uma teoria gira em torno da negligência e do abuso sofridos por muitos serial killers quando crianças. Robert Ressler e Tom Shachtman descrevem um estudo conduzido pelo FBI, que incluiu entrevistas com dezenas de assassinos (a maioria deles serial killers). Em cada caso, eles descobriram padrões similares de negligência infantil grave. Durante o desenvolvimento de uma criança, há períodos importantes durante os quais elas aprendem sobre o amor, a verdade, a empatia, e regras básicas para interagir com outros seres humanos. Se estes traços não são ensinados para a criança durante aquele período, pode ser que ela não os aprenda durante a vida.

Serial killers freqüentemente sofreram abuso físico ou sexual quando crianças, ou testemunharam o abuso de membros da família. Este padrão de negligência e abuso, dizem alguns pesquisadores, leva serial killers a crescer sem a percepção de ninguém além deles mesmos. Mas ao mesmo tempo, muitas crianças crescem sofrendo negligência e abuso, mas não se tornam criminosos violentos ou serial killers.

Para algumas pessoas, a única maneira de explicar os assassinatos em série é dizer que os serial killers são "loucos". Alguns serial killers alegam "ser inocentes por razões de insanidade" como defesa, mas serão eles realmente todos "loucos" ou até mesmo mentalmente doentes? Segundo o Código Americano, uma defesa de insanidade significa que "no momento da execução dos atos que constituem o crime, o réu, como resultado de grave doença ou deficiência mental, não era capaz de avaliar com precisão a natureza e qualidade ou ilegalidade de seus atos. Doenças ou deficiências mentais não constituem defesa em outras circunstâncias.

Basicamente, um serial killer que se declara "inocente por razões de insanidade" deve provar que não sabia diferenciar o certo do errado no momento em que matou, mas pode ser difícil provar que ele realmente não entendia que seus atos resultariam na morte das vítimas. Apenas dois serial killers obtiveram sucesso ao alegar insanidade. John Douglas, que foi chefe por muito tempo da Unidade de Apoio Investigativo do FBI, acredita que os serial killers compreendem bem o que significa a morte, e têm o poder de matar.

Alguns serial killers foram diagnosticados por psicólogos e psiquiatras como psicopatas. O termo oficial, definido pelo Manual de Diagnóstico e Padrão de Distúrbios Mentais quarta edição (DSM-IV), é distúrbio de personalidade anti-social (APD). Segundo o DSM-IV, uma pessoa com APD segue um padrão de desprezo e violação dos direitos dos outros, que ocorre desde os 15 anos de idade. Este padrão inclui sete fatores (dos quais três devem ser atendidos para o diagnóstico), tais como "fracasso em se adaptar às normas sociais", "irritabilidade e agressividade" e "falta de remorso". Psicopatas não são loucos - eles distinguem, sim, o certo do errado. Mas este diagnóstico pode explicar seu comportamento durante os ciclos de assassinatos.

Alguns pesquisadores formaram a teoria de que os serial killers têm danos cerebrais ou outras anomalias que contribuem para seus atos. Danos a áreas como o lobo frontal, o hipotálamo, e o sistema límbico podem contribuir para agressão extrema, perda de controle, perda de julgamento e violência. Henry Lee Lucas, condenado por 11 assassinatos, tinha graves danos cerebrais nessas áreas, provavelmente resultado de abuso na infância, subnutrição e alcoolismo. Arthur Shawcross, outro que matou 11 pessoas, tinha vários danos cerebrais, incluindo duas fraturas no crânio. Na prisão, sofria de dores de cabeça e desmaiava com freqüência. Bobby Joe Long, condenado por nove assassinatos, disse: "Depois que eu morrer, vão abrir minha cabeça e descobrir que como dissemos, parte do meu cérebro está preta, seca, morta".

Na próxima postagem falaremos de alguns serial killers pelo mundo. Até lá!


segunda-feira, 7 de setembro de 2020

COMO NASCEM OS MONSTROS - SERIAL KILLERS PARTE 3

 


O COMPORTAMENTO DOS SERIAL KILLERS

Os serial killers também podem ser classificados por suas habilidades organizacionais e sociais. Podem ser organizados ou desorganizados (dependendo do tipo de cena do crime) e não-sociais ou anti-sociais (dependendo de são excluídos pela sociedade ou se excluem dela). O quadro abaixo ilustra comportamentos dos dois tipos mais comuns.


COMO FUNCIONAM OS SERIAL KILLERS – CATEGORIA A ATRIBUTOS

Organizado e não social

Desorganizado e anti-social

QI 105 – 120 (NORMAL)

QI 80 – 95 (ABAIXO DA MÉDIA)

Socialmente adequado

Socialmente inadequado

Casado, mora com parceira ou namora

Mora sozinho, não namora

Figura paterna estável

Pai ausente ou abusivo

Severo abuso físico na família

Abuso emocional contraditório na família

Mobilidade geográfica / ocupacional

Mora e / ou trabalha perto das cenas dos crimes

Acompanha o noticiário

Não se interessa pelo noticiário

Possivelmente fez faculdade

Possivelmente abandonou a escola no ensino médio

Boa higiene e cuidados com a casa

Má higiene e pouco cuidado com a casa

Não mantêm um esconderijo em casa

Mantêm um esconderijo em casa

Hábitos diurnos

Hábitos noturnos

Tem um carro ostentoso

Tem um carro velho ou picape

Volta à cena do crime para acompanhar o trabalho da polícia

Volta à cena do crime para reviver o assassinato

Entra em contato com a polícia para fazer joguinho

Entra em contato com a família da vítima para fazer joguinho

Fã da polícia, quer ser um deles

Não se interessa pelo trabalho da polícia

Não explora auto-ajuda

Explora programas de auto-ajuda

Mata em um lugar, deixa o corpo em outro

Mata e deixa o corpo na cena do crime

Pode desmembrar o corpo

Geralmente não desmembra o corpo

Usa sedução para dominar

Seus ataques são repentinos

Conversa com as vítimas

Despersonaliza as vítimas, pensa nelas como “coisas”

Controla a cena do crime

Deixa a cena do crime um caos

Deixa poucas provas físicas

Deixa provas físicas

Responde melhor a entrevista direta

Responde melhor a entrevista com advogado   


A maioria dos assassinos seriais identificados são organizados e não-sociais. Muitos deles também seguem alguns outros padrões básicos. Mais de 80% dos serial killers são homens brancos, na faixa dos 20 aos 30 anos. Serial killers são geralmente inteligentes, e matam com freqüência mulheres brancas. Não há como dizer que uma pessoa é um serial simplesmente por sua aparência - a maioria deles é de um sujeito comum. Ted Bundy, condenado por 30 assassinatos, era descrito como uma pessoa atraente, carismática e articulada. John Wayne Gacy era uma figura popular em sua comunidade e fazia performances como palhaço em festas do bairro. Ele conheceu a primeira-dama Rosalynn Carter quando foi chefe de seção eleitoral do Partido Democrata local. Também foi condenado pelo assassinato de 33 garotos e homens.

Geralmente os serial killers demonstram três comportamentos durante a infância, conhecidos como a tríade MacDonald: fazem xixi na cama, causam incêndios, e são cruéis com animais. É também provável que tenham vindo de lares desfeitos, e que tenham sofrido abuso ou negligência. Apesar de alguns serem tímidos e introvertidos, outros são sociáveis e expansivos, mas na verdade se sentem muito isolados.

Muitos teóricos apontam as infâncias conturbadas dos serial killers como uma possível razão para seus atos.

Em todo caso, já houve serial killers mulheres, serial killers que eram membros de minorias raciais e étnicas, serial killers que matavam pessoas de outras raças e serial killers que começaram a matar durante a infância.

Aileen Wuornos, retratada no filme "Monster - Desejo Assassino" (2003), foi condenada por matar sete homens. Ela foi executada com injeção letal em 2002.

A maioria das vítimas de Jeffrey Dahmer e John Wayne Gacy - ambos brancos - foi de homens e garotos de minorias raciais ou étnicas.

Mary Bell tinha 10 anos de idade quando foi condenada pelo assassinato de dois meninos na Inglaterra em 1968. Depois de ser encarcerada em um reformatório para meninos e depois em uma prisão feminina, foi libertada aos 23 anos.


Na próxima postagem, falaremos sobre as motivações dos serial killers. Até lá!


domingo, 6 de setembro de 2020

COMO NASCEM OS MONSTROS - SERIAL KILLERS PARTE 2


 

Olá, meus caros camaradas!

Há cerca de 2 anos, comecei uma série de postagens sobre serial killers, mas acabei não dando continuidade. Hoje vamos retomar esse tema, falando sobre a classificação dos serial killers.

Mas antes de começarmos, para quem quiser se atualizar sobre as postagens iniciais, seguem os links:

http://verdadeprevalece.blogspot.com/2018/06/psicopatas-serial-killers-assassinos-em.html

http://verdadeprevalece.blogspot.com/2018/07/como-nascem-os-monstros-serial-killers.html


CLASSIFICAÇÃO DE SERIAL KILLERS

 

Estudos na área de assassinatos em série resultaram em duas formas de classificar os serial killers: uma baseada no motivo e outra baseada nos padrões organizacionais e sociais. O método do motivo é chamado de tipologia de Holmes, por causa de Ronald M. e Stephen T. Holmes, autores de vários livros sobre assassinatos em série e crimes violentos. Nem todos os serial killers são de um tipo só, e muitos apresentam características de mais de um tipo. Nenhuma destas classificações explica o que na realidade pode levar uma pessoa a se tornar um serial killer (falaremos mais sobre isso adiante). Também não há dados científicos suficientes sobre os quais basear estas classificações - são baseadas em dados de observação casual ou em entrevistas. Os críticos da tipologia de Holmes apontam esta como uma falha, mas muitos investigadores ainda acham este método útil ao estudar assassinatos em série.

Segundo a tipologia de Holmes, os serial killers podem se concentrar no ato (aqueles que matam rápido), ou no processo (aqueles que matam vagarosamente). Para os assassinos que se concentram no ato, matar nada mais é do que o ato em si. Neste grupo há dois tipos diferentes: os visionários e os missionários. O visionário mata porque escuta vozes ou tem visões que o levam a fazer isso. O missionário mata porque acredita que deve acabar com um determinado grupo de pessoas.

Os assassinos seriais que se concentram no processo sentem prazer na tortura e morte lenta de suas vítimas. Neste grupo há três tipos diferentes de hedonistas - os sexuais, os que buscam emoção e os que tiram proveito - e assassinos em busca de poder. Assassinos sexuais obtêm prazer sexual ao matar. Assassinos que buscam emoção se excitam com isso. Assassinos que tiram proveito matam porque acreditam que vão lucrar de alguma maneira. Assassinos que buscam o poder querem "brincar de Deus" ou ter controle da vida e da morte.

Sinistro, não?

Na próxima postagem, falaremos sobre o comportamento e as motivações dos serial killers. Até lá!