domingo, 9 de maio de 2021

A VIOLÊNCIA URBANA - 28 ANOS DEPOIS



Em 1993, escrevi este texto para ajudar um colega de faculdade.

20 anos depois, publiquei o mesmo texto aqui no blog.

Agora, passados 28 anos, volto com o mesmo assunto, com o mesmo texto, pois o conteúdo do artigo anterior, do escrito para meu colega sobre a violência urbana, permanece, de modo muito assustador, terrivelmente atual.

Segue abaixo:

"Nos últimos tempos, nós que vivemos nas grandes cidades, estamos cercados por um grande mal. Um mal que nos persegue e nos espreita por cada rua, cada esquina, cada casa, cada condução, como se fosse uma serpente pronta para dar o bote em sua presa. Um mal chamado violência, que nos deixa preocupados ao sairmos de casa, pois não sabemos sequer se conseguiremos retornar para a segurança do lar (o qual também já não é mais tão seguro assim) e que nessas circunstâncias torna-se a prisão do justo, que sofre com a doença chamada medo.

Se pararmos para analisar a situação, veremos que as causas de tal calamidade são várias, mas mesmo assim ainda fica difícil entender o por quê de tal índice de violência. Podemos observar pelo ponto de vista da marginalização dos moradores de favelas, pelo preconceito racial, pela discriminação social, pela terrível crise atual do país e do alto custo de vida (esse ponto já não está tão bom quanto em 2013, mas também não tão ruim quanto em 1993), mas não podemos deixar de examinar um ponto muito importante: a má índole de algumas pessoas, que as levam a procurar um caminho mais fácil e menos árduo de sobreviver diante de tantas injustiças. Por isso crescem os roubos, os assaltos, os sequestros, o tráfico de drogas (muito lucrativo por sinal) e até mesmo a indústria do extermínio (hoje temos também as milícias cada vez mais fortes). Tudo é motivo para buscar o caminho do crime nessa selva de pedra em que vivemos. Todos estão sujeitos a revolta, pois a situação está difícil, mas mesmo assim, muitas atitudes não são justificáveis.

As vezes uma boa educação resolve mas, para isso, é preciso conscientização, uma verdadeira campanha anti-crime, sólida, com a participação de todos os setores e níveis da sociedade, não só com conflitos ou passeatas, mas com ações sociais. Lembrando sempre que o exemplo tem e deve vir de cima, dos "poderosos".

A má índole de algumas pessoas realmente existe e precisa ser combatida a qualquer custo, mas se tivermos força de vontade para lutar contra as injustiças sociais de nosso país, poderemos vencê-la (a má índole), evitando que ela tome conta e domine os pobres infelizes que, por desespero, se deixam conduzir por seus caminhos obscuros."

Assista também ao vídeo em nosso canal: 


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