sábado, 11 de abril de 2015

EXTRA! EXTRA! ABRIL COMEÇOU A MIL!

E o mês de abril de 2015 teve início de maneira muito acelerada e infelizmente com tragédias.
Em 02/04/2015, em atentado assumido pelo grupo radical islâmico Al-Shabbab, homens invadiram a Universidade de Garissa, no Quênia, disparando contra diversos universitários, deixando um triste saldo de 147 mortos. O grupo afirmou que a ação é uma vingança contra a intervenção de tropas do Quênia na Somália, ocorrida desde 2011. O incidente começou por volta das 5h30 (horário local, 23h30 de quarta, 1º, em Brasília), quando os atiradores entraram no centro universitário, começaram a disparar indiscriminadamente e detonaram vários artefatos explosivos.
Essa é mais uma demonstração de intolerância e ignorância religiosa, fundamentados em radicais islâmicos. Por isso que minha opinião sobre religião é sempre a mesma: religião é uma forma de organização, onde seus membros não seguem os líderes de sua fé, mais sim a própria organização em si. Dessa forma, temos esses atos que geram tamanho repúdio. Tenho minha fé cristã, que por sua própria origem e preceitos básicos, me impede de agredir que tem uma crença diferente. Meu dever é crer e buscar levar a outros irmãos nossa palavra de salvação. Mas nunca chegar ao ponto de constranger, muito menos matar. Por isso abomino toda e qualquer forma de organização religiosa. É uma lição de evolução espiritual que a humanidade ainda não aprendeu nem os conceitos básicos.
No mesmo dia, tivemos outra tragédia, dessa vez no Brasil. Um helicóptero transportando 5 pessoas, dentre as quais Thomaz Alckmin, filho do governador de SP Geraldo Alckmin, caiu em um condomínio na região de Carapicuíba (Grande São Paulo) matando todos os ocupantes. Além do caçula de Alckmin, morreram: Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves (53 anos, piloto do helicóptero e funcionário da Seripatri), Paulo Henrique Moraes (42 anos, mecânico e funcionário da Seripatri)  Erick Martinho (36 anos, mecânico da empresa Helipark) e Leandro Souza (34 anos e mecânico da Helipark). Lamentamos profundamente por todas as perdas e, mesmo não tendo afinidades políticas com Geraldo Alckmin (PSDB), me vejo obrigado, sendo também pai, a me solidarizar com sua dor, respeitando seu sofrimento e de todas as famílias das demais vítimas. Importante salientar que nesse momento de dor, diferenças políticas foram deixadas de lado, pois no velório compareceram tanto partidários de oposição, quanto de situação, inclusive a presidente da república Dilma Rousseff e o prefeito de São Paulo Fernando Haddad. Que Deus conforte a todos.
Já no dia 07/04/2015, retornamos ao cenário político brasileiro, palco de novas manifestações populares. Dessa vez, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre outros grupos, realizaram atos em todo o país (tivemos registros em 17 estados mais Distrito Federal) contra o projeto de lei que regulamenta os contratos de terceirização no mercado de trabalho.
O projeto tramita há 10 anos na Câmara e vem sendo discutido desde 2011 por deputados e representantes das centrais sindicais e dos sindicatos patronais. Ele prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade e não estabelece limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização. Além disso, prevê a forma de contratação tanto para empresas privadas como públicas, exceto administração pública direta, autarquias e fundações.
Representantes dos trabalhadores argumentam que a lei pode provocar precarização no mercado de trabalho. Empresários, por sua vez, defendem que a legislação promoverá maior formalização e mais empregos. O PL 4330/04 envolve quatro grandes polêmicas, que têm causado protestos das centrais sindicais:
1) a abrangência das terceirizações tanto para as atividades-meio como atividades-fim, por exemplo: hoje, uma universidade particular pode terceirizar serviços de limpeza e segurança, mas não contratar professores terceirizados. Caso o projeto seja aprovado, a terceirização de professores será permitida; 2) obrigações trabalhistas serem de responsabilidade somente da empresa terceirizada – a contratante tem apenas de fiscalizar;
3) a representatividade sindical, que passa a ser do sindicato da empresa contratada e não da contratante;
4) e a terceirização no serviço público.

Já os empresários defendem que a nova lei vai aumentar a formalização e a criação de vagas de trabalho. Além dos atos contra esse projeto, os manifestantes também defenderam a PETROBRÁS e a reforma política, porém criticando o ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff. As manifestações ocorreram de forma pacífica, com mínimas ocorrências policiais.
No dia seguinte as manifestações, A Câmara dos Deputados aprovou por 324 votos a favor, 137 votos contrários e duas abstenções, o texto principal do projeto de lei que regulamenta os contratos de terceirização. Propostas de destaques (alterações do texto) ainda serão discutidas pelo plenário na próxima semana. Depois de concluída a votação, o texto seguirá para análise no Senado.
Os deputados do PT se mostraram contrários ao projeto, argumentando que aumentará as terceirizações e que vai “precarizar” as condições de trabalho. “A terceirização não permite que nenhum trabalhador de qualquer setor possa pensar em ascensão futura, em cargos de comando”, declarou o líder do PT, Sibá Machado (AC).
Bom, se por um lado a classe empresarial entende que esse projeto trará ganhos em emprego e competitividade para nosso país, me vejo obrigado a concordar com os deputados do PT, que alegam que, com a aprovação desse projeto, teremos um retrocesso nas condições de trabalho. É reconhecido que nos processos de terceirização, as relações com a contratante, pelo fato de não haver vínculo empregatício direto, geram um comprometimento muito menor do que aquele gerado no emprego direto. Além disso, o salário é menor e há uma clara redução de oportunidades de crescimento profissional. Entendo que é necessária uma reflexão mais profunda sobre o tema, de modo que não incorramos em um passo extremamente equivocado, avaliando apenas um lado da moeda.
Agora, a melhor de todas, digo a melhor com muita ironia, pois só aumenta o grau de ridicularização de nossa classe política, foram os roedores soltos no plenário da CPI da PETROBRÁS (09/04/2015), logo depois que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, entrou no local para prestar depoimento. Os animais começaram a correr sem rumo na comissão, o que provocou gritos e tumulto.
Isso foi o suficiente para que mais uma vez, tivéssemos um espetáculo circense envolvendo nossos parlamentares. O PT acusou a oposição de armar um circo (como se eles não fossem atrações também), desrespeitando a casa e seus membros. O acusado de soltar os animais foi imediatamente demitido pelo Deputado Eduardo Cunha.
Pessoal, sobre esse caso, na verdade tenho pena dos 5 roedores perdidos no meio daquelas que são as verdadeiras ratazanas parlamentares. Acho que eram 5 inocentes no meio de dezenas de ratos de esgoto, que tanto nos afligem com seus males de corrupção e bandalheira.
Acho que alguém poderia chamar o Flautista de Hamelin, aquele da fábula contada pelos irmãos Grimm, e quem sabe as ratazanas do congresso não o seguissem e fossem todas afogadas em um de nossos grandes rios (o Amazonas talvez). Poderiam ficar por lá os hamsters e os esquilos da mongólia, pois esses talvez tenham um pouco mais de pureza e dignidade para conduzir o estado brasileiro. Seria bom se essa fábula, nesse contexto, virasse verdade, pois a verdade prevalece!

Um grande abraço, meus caros camaradas!

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