domingo, 26 de julho de 2015

TPB (TENSÃO POLÍTICA NO BRASIL) - PARTE 2

Meus caros camaradas, está aí o impeachment novamente em evidência. Mas agora, é bom Dilma ficar mais esperta, pois o embasamento técnico e legal que a oposição tanto queria pode vir do TCU (Tribunal de Contas da União). As contas do governo referentes ao ano passado estão lá para aprovação e a perspectiva não é muito boa.
O TCU tem uma postura 100% técnica e a sua avaliação tende, dadas as prévias divulgadas, a recomendar a reprovação das contas do governo, apesar da defesa apresentada pela presidência da república. Essa recomendação seguirá para o Congresso, o qual fará então a avaliação política. Em resumo, o TCU fará a verificação única e exclusivamente sob a luz da Lei de Responsabilidade Fiscal. Já no Congresso, é lá que se dará a decisão sob a conotação política.
Em função da grande preocupação que a possível rejeição pelo Congresso trará, principalmente pela brecha ao impeachment que se abrirá, Lula procurou o apoio de FHC, maior nome do PSDB e mentor intelectual da oposição, para tentar amenizar a crise e a aliança para derrubar Dilma. Porém FHC não foi simpático a idéia, entendendo que o momento é de se aproximar do povo e não tentar salvar o que não merece ser salvo, conforme suas próprias palavras. FHC provavelmente lembra do período em que se cogitou o impeachment de Lula, quando "estourou" o escândalo do "mensalão". Nessa época, FHC não foi a favor da queda de Lula, o que proporcionou a recuperação política do PT e sua consequente manutenção no poder até hoje.  
Eu particularmente sou contra o impeachment, por achar uma temeridade a democracia. Vejam as opções que temos caso se concretize o fato:

1) Michel Temer - Vice Presidente da República: Tremendo "bagre ensaboado". Mestre na esquiva. Não é o que precisamos;

2) Renan Calheiros - Presidente do Senado: Mentor do Governo Collor nos anos 90. Péssima referência, repleto de maus exemplos e investigado na Lava Jato;

3) Eduardo Cunha - Presidente da Câmara: Oportunista. Também envolvido na Lava Jato e recentemente acusado de receber $5000.000,00 em propina.

Se tivermos novas eleições, temos aí Aécio Neves. "Chorão", construtor de aeroportos desnecessários em proveito próprio e de seus parceiros e coligados empresários. Além de seu comportamento social não muito recomendável.

Porém, o que mais assusta é que a espreita estão os militares e a ameaça da sombra de retorno do período mais negro de nossa história.

Por outro lado, o que pode ocorrer no Congresso, caso o TCU recomende a reprovação das contas do governo, é o que já ocorre, sempre ocorreu e sempre ocorrerá. Provavelmente serão discutidas distribuição de cargos, vantagens e novas alianças, colocando assim o povo mais uma vez em segundo plano. Não é uma garantia, mas uma forte possibilidade de ocorrer.
Assim sendo, meus caros camaradas, vivemos nessa eterna sinuca de bico, proporcionada por nossa classe política. Vivemos sem saída, nesse antro de mentiras, aguardando uma luz no fim do túnel. Talvez essa luz venha de um partido pequeno, sem muita representatividade. Entendo que seja para esse caminho que devemos olhar. Talvez de um dito "partido anão", venha alguém com o compromisso com a verdade, pois a verdade prevalece.

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