Tivemos em 15/08/2015 outra manifestação popular de grande porte em todo o Brasil, com um apelo ainda pelo impeachment de Dilma Rousseff e contra a corrupção. Lula também, pela primeira vez, foi fortemente criticado. Também foi a primeira vez que o PSDB participou publicamente das manifestações, inclusive com discurso de Aécio Neves. A Operação Lava Jato, assim como o juiz Sérgio Moro foram elogiados. Também tivemos algumas manifestações, estas em menor escala, em defesa do governo. Fica cada vez mais evidente que a população está esgotada de tanta bandalheira.
Ao longo da semana, também vimos que Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, foi denunciado pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, por corrupção, em um escândalo que envolve milhões de dólares envolvendo empresas com contrato com a PETROBRÁS, que passaram por contas no exterior, notas frias e até por igrejas, e foram parar nas contas de Cunha e Fernando Collor, também denunciado no esquema.
Na verdade, esse é um velho filme que tem reprise constante em nossas vidas. O Legislativo, que deveria zelar pelo povo que o elegeu, briga por interesses próprios, se contrapondo ao que o governo propõe. Não que o governo esteja certo, mas infelizmente, pelo erros cometidos pelo próprio governo, as propostas deste são as que lamentavelmente necessitamos aprovar para melhorar o país no próximo ano e meio. Mas, o Legislativo, na figura de Eduardo Cunha é contra, tanto para tirar sua condição adversa dos holofotes, quanto para manter sua briga pessoal com o PT.
Enquanto isso, o governo investe na exposição negativa de Cunha, também por seus próprios interessas, tentando desviar a atenção do povo brasileiro da crise atual. Em paralelo, a oposição tenta arquitetar planos envolvendo Cunha, Renan Calheiros e Michel Temer, para uma aliança governista, caso consigam tirar Dilma do poder. Temer parece já se preparar para isso, pois sua postura é cada vez mais "em cima do muro", ou seja, parece que o mesmo já prepara o terno da posse, ao se posicionar cada vez com menor firmeza sobre as questões de coordenação política para aproximação com deputados e senadores.
Mais uma vez, Dilma está longe de ser a melhor governante, mas se ela sair, vale a pena ficar com Temer? E com Renan, é bom negócio? E Eduardo Cunha? E a oposição, que se envolve nessas tramas sem ética para buscar o poder, é a melhor opção? Enfim, o povo brasileiro continua sem escolha e sem saída no meio desse asqueroso jogo político que só faz nos assombrar.
Será que não está na hora de começarmos a olhar para os pequenos partidos? Os tais partidos anões? Não sei, mas a decepção com os grandes, tanto de situação quanto de oposição, é enorme. Continuamos na esperança, meus caros camaradas, de que vejamos a luz da verdade, algum dia, porque a verdade prevalece!
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