domingo, 22 de março de 2015

BAIXARIA PLANALTINA - QUEM SERÁ O MENOS HIPÓCRITA?

No último dia 18/03/2015, presenciamos um fato ironicamente lamentável, ocorrido na Câmara dos Deputados em Brasília. A discussão entre Cid Gomes, até aquela data Ministro da Educação, com os deputados federais, frente ao seu pronunciamento na casa, não temos como classificar de outra forma que não seja uma baixaria.
Naquela oportunidade, Cid Gomes compareceu a casa para se explicar por conta de uma declaração dada no último dia 27/02/2015, durante palestra a estudantes da Universidade Federal do Pará. Na ocasião, afirmou que a Casa tem de 300 a 400 parlamentares que "achacam". Disse Cid Gomes: "Eles (deputados federais) querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas", disse o ministro em Belém. O fato deixou os membro da Câmara dos Deputados indignados e todos exigiram a presença de Cid Gomes para esclarecer suas palavras.
Pois bem, Cid Gomes compareceu. E no início, até deu a impressão que iria se retratar com todos. Porém, seu discurso retomou a agressividade e foi mais contundente do que a declaração anterior, objeto da indignação dos deputados. Cid não só manteve o que disse, embora suas primeiras palavras tenham sido de desculpas, como também afirmou que, os deputados que fazem parte da situação, devem assumir postura de situação, do contrário deveriam "largar o osso" e partir para a oposição. Aí começou a baixaria.
Os deputados se acaloraram e um grande "bate-boca" teve início. Enquanto uns pediam respeito, Cid Gomes continuava atacando. Mais uma vez chamou todos de achacadores e, em uma discussão direcionada com o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, chegou a dizer que prefere ser acusado pelo mesmo de "mal educado", do que ser acusado de "achacar" empresas, em uma clara referência a presença do nome de Cunha na lista do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, entregue ao STF, como suspeito de participação nos esquemas de corrupção na PETROBRÁS.  
Durante a discussão, tanto deputados de situação quanto de oposição atacaram a postura de Gomes. O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), afirmou que o ministro “perdeu a condição de exercer o cargo”. “Cobraremos ao governo que diga se permite e orienta os ministros a desrespeitar o Parlamento. Não reconheço a autoridade de vossa excelência para criticar o Parlamento”, declarou. O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), criticou o ministro por não ter feito um pedido desculpas. “Ele reiterou e disse, em alto e bom som, que esta Casa tem 400 achacadores. O ministro fez uma ressalva com relação à atuação da oposição, o que leva a crer que (...) os achacadores são os 400 deputados da base governista”, disse. Ele cobrou ainda que a presidente Dilma Rousseff diga se “referenda” o que afirmou o ministro da Educação no plenário da Câmara. “Fico pasmo com a capacidade do governo de produzir crises, embaraços, situações vexatórias”, declarou. Para o deputado da oposição, a fala de Cid Gomes “desmoraliza” o Congresso e demonstra que o governo Dilma é capaz de produzir “uma crise por dia”. “Tenho vergonha de assistir uma sessão que coloca o parlamento literalmente no chão.”
O líder do Solidariedade, Arthur Oliveira Maia (BA), classificou a declaração de Cid Gomes de “destemperada” e criticou a “agressão” do ministro ao presidente da Câmara e pediu a ele que renuncie. “Sou obrigado a dizer que vossa excelência respondeu a essa indagação dizendo que os 300 ou 400 achacadores se encontram na base governista, e não na oposição. Estão na base governista que elegeu a presidente Dilma", disse. Para o deputado, Cid Gomes tem de renunciar. “Ou então a única alternativa que resta à presidente Dilma é lhe demitir sumariamente”, afirmou. Ou seja, quase assumiu o papel de presidente da república para demitir o ministro.
O líder do PSC, André Moura (SE), também pediu a saída do ministro do cargo e disse que o governador usou recursos públicos para viajar pela Europa. “O ministro perdeu a condição de ser ministro. E eu pergunto aqui ao plenário. Achacadores dos recursos públicos somos nós ou achacador é quem, como governador do Ceará, alugou jato particular para viajar por toda a Europa com recursos pagos pelo povo do Ceará? E ainda levou a sogra a tiracolo?” Irritado, Moura elevou o tom e disse que o ministro era “desqualificado” e não tinha “dignidade” nem “moral” para continuar no cargo. Cid Gomes reagiu e disse que quem não tinha moral era o deputado. O bate-boca seguiu e Moura afirmou que o ministro “envergonha o estado do Ceará”. A discussão chegou a tal ponto que Eduardo Cunha chegou pediu para cortar o microfone de Cid Gomes, dizendo que o mesmo nem parlamentar era para ter direito de palavra na casa, quanto mais de tamanha agressividade.
Bom camaradas, o que podemos tirar de conclusão de tudo isso? Apenas mais uma pergunta: QUEM SERÁ O MENOS HIPÓCRITA? De um lado, vemos um ex-governador de um estado (Ceará), que dentre outras coisas, além da já citada viagem a Europa em um jato pago pelo dinheiro público, também pagou, com o mesmo dinheiro público, R$600.000,00 de cachê para um show de Ivete Sangalo, em uma suposta inauguração de um hospital que na verdade ainda não estava com suas obras concluídas. Do outro, vemos uma Câmara de Deputados, onde diversos de seus membros, de diversos partidos, inclusive seu presidente, estão envolvidos em um dos maiores escândalos de corrupção da história do Brasil. Chega a ser irônico, quase uma piada, ver Eduardo Cunha anunciar que a Câmara dos Deputados irá processar Cid Gomes, por conta de suas declarações caluniosas e difamatórias. Que moral tem eles para isso?
Enfim, o resultado todos já sabem. Cid Gomes já é ex-ministro da educação, pois logo depois da confusão pediu demissão do cargo. E um fato interessante sobre essa demissão: do plenário, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, chegou a anunciar a demissão antes mesmo de ter sido oficializada. "Comunico à Casa o comunicado que recebi do chefe da Casa Civil (ministro Aloizio Mercadante) comunicando a demissão do ministro da Educação, Cid Gomes", anunciou Cunha no plenário. Vejam como são as coisas. Isso é ético? Isso é moral?
Mais uma vez, camaradas, vemos como estamos desprovidos de esperança em todas as vertentes políticas que participam, de um jeito ou de outro, do estado brasileiro. Tanto nosso legislativo, quanto nosso executivo, apresentam desvios de ética e caráter tais que, a cada declaração, a cada evento, ficamos mais e mais longe de um horizonte que nos traga perspectivas de mudanças de rumo, mudanças positivas, que façam com que nosso país finalmente se livre da corrupção, dos desmandos e dos verdadeiros "achaques".

MANIFESTAÇÃO DEMOCRÁTICA SIM, GOLPE DE ESTADO NÃO!


No início dessa última semana, tivemos um noticiário internacional voltado para as manifestações de 15/03/2015, que demonstraram claramente a insatisfação de uma parcela da população brasileira com o governo Dilma e o PT (Partido dos Trabalhadores).
Se analisarmos com atenção o que foi colocado pela mídia internacional, podemos perceber que, ao contrário do movimento em si, os demais países entendem que o clamor das multidões parte de um princípio legítimo, porém objetivando um imediatismo equivocado. E isso fica claro quando vemos pessoas gritando e exibindo cartazes pelo retorno da ditadura, os chamados anos de chumbo, que mancharam de sangue e dor a história de nosso país por vinte anos.
O inglês"The Guardian" classificou os protestos como sendo de direita, motivados pelo declínio da economia e política brasileira, mais os terríveis escândalos de corrupção. Também compara as manifestações de 2015 com as de 2013, focando a grande diferença de perfil entre ambas. Enquanto 2013 tinha um apelo maior nas classes menos favorecidas e lamentavelmente marcado pela violência, em 2015 temos um grupo sócio-economicamente mais abastado, com grande apoio da mídia tendenciosa.
A revista Forbes classificou os eventos como "festival de ódio". Em resumo, entende que a causa da revolta não são os problemas econômicos, mas sim a política atrelada a corrupção. Ou seja, o que sempre existiu, em maior ou menor escala, em todos os governos, independente da tendência ideológica.
O americano "The New York Times" não acredita no "impeachment" e ainda classificou como positiva a postura de Dilma ao não confrontar os manifestantes. Segundo o mesmo jornal, Dilma se diferenciou democraticamente de outros governante latino-americanos, os quais por sua vez, vendo-se acuados pela voz da nação, apelaram para ataques e forças de segurança. Já Dilma optou por defender o direito de protestar dos brasileiros.
O italiano "La Repubblica" focou nos pedidos de intervenção militar e o argentino "Clarín" ressaltou o fato das solicitações de saída de Dilma, governo fortemente classificado como democrático, por ser do PT (Partido dos Trabalhadores), ocorrerem exatamente trinta anos após o Brasil ser redemocratizado.
Com isso, podemos ver que a opinião internacional parece ser mais coerente que a nossa própria. Quando vemos a elite nas ruas pedindo a saída de um governo democrático, eleito por voto direto, em prol do retorno de uma intervenção militar, não há como fugirmos da tendência golpista desses atos. Ainda mais quando nos deparamos com a mídia tendenciosa e manipuladora, fazendo uma cobertura do evento tal como se fosse uma copa do mundo ou olimpíada. Isso reforça ainda mais a incoerência do referido ato público e o inegável confronto de classes. As manifestações são legítimas em todos os aspectos, dentro de uma democracia. Todas as classes tem o direito de se manifestar. Ricos e pobres, mais ou menos favorecidos, são todos brasileiros e devem expor suas opiniões e lutar pelo que acreditam. O que não se pode é tentar fazer com que o direito de uns, se sobreponha ao de outros. A vitória deve ser de todos.
Diante desse cenário, vemos que a presidente Dilma tem uma árdua missão pela frente, que é restabelecer a credibilidade do governo perante a nação. Para isso, seus pacotes econômicos compensatórios as medidas populistas e mal planejadas do governo PT, que deterioraram nossa economia, devem surtir efeito a um prazo muito curto. Assim como também devem ser de curto prazo e de punição exemplar, as apurações de todos esses famigerados casos de corrupção. Que seu pacote anticorrupção também seja funcional e que não vejamos mais esses casos absurdos seguirem impunemente às nossas vistas.  

segunda-feira, 16 de março de 2015

CIRCO BRASIL!



Semana passada, por iniciativa própria, Eduardo Cunha (PMDB), presidente da câmara dos deputados, prestou depoimento na CPI da PETROBRÁS. Durante o tempo em que falou, criticou duramente o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, chamando de piada o inquérito aberto contra os 47 políticos de sua lista, além de classificar o mesmo inquérito como escolha política.
Analisando bem, mais parecia uma campanha eleitoral do que propriamente um depoimento, pois se repararmos a fundo, Cunha em nada acrescentou com suas palavras ao objetivo teoricamente principal da CPI, que deveria ser apurar as responsabilidades por conta dos escândalos de corrupção na PETROBRÁS.
Na sequência, o que vimos aí sim que foi uma verdadeira piada. Oposição e situação tentando pegar carona nas declarações de Eduardo Cunha, defendendo-o e apoiando-o, mas não pela causa PRETROBRÁS. Na verdade, apenas por seus próprios interesses.
Eduardo Cunha estava vendendo seu "peixe" e de seu partido. Oposição querendo aproximar-se para ganhar força, pois afinal é o PMDB! E a situação tentando manter a força da base aliada para evitar maior fragilização do governo. E mais uma vez a PETROBRÁS em segundo plano.
Na última sexta feira, vimos manifestações pró governo, pró democracia e pró PETROBRÁS. A idéia era tentar abafar um pouco a crise, demonstrando que as medidas atuais para reequilibrar a economia, apesar de impopulares, eram oportunas e necessárias, e também para mostrar que esse sacrifício é válido, mantendo a confiança no governo. Felizmente tudo correu bem, os atos foram todos pacíficos e não tivemos maiores ocorrências.
Neste domingo, 15/03/2015, tivemos a manifestação da oposição. Em muito maior número, diga-se de passagem, verdadeira manifestação de massa. E era compreensível, pois realmente as coisas não vão bem e a população está evidentemente insatisfeita. Centenas de milhares de pessoas foram as ruas, em quase todos os estados, fazer valer seu direito legítimo de expressar seus sentimentos. E mais uma vez tudo correu de forma pacífica.
O balanço que podemos fazer é o seguinte:

1) Infelizmente existem pessoas que gritam abertamente a favor do retorno dos anos de chumbo do regime militar. Entendo que apesar de ser um direito legítimo o de se expressar, me obrigo a classificar como ignorância da história do Brasil, querer o retorno desse período negro e de mortes, fora a falta de liberdade e ausência de democracia. Vale lembrar que naquele tempo, uma manifestação dessa magnitude seria reprimida "na bala";

2) Vemos também manifestações pró impeachment de Dilma. Também acho uma temeridade, pois seus suplentes não são nem de longe as melhores alternativas para o país. E também não existem crimes comprovadamente associados a ela, o que legalmente, mesmo com essa manifestação de massa, não permite a abertura desse tipo de processo. Isso na verdade flerta com uma intenção de golpe de estado, o que não é boa idéia, já que seria como bater na porta do quartel e pedir para os tanques tomarem conta das ruas novamente.

Mas com tudo isso, a realidade é uma só. O que temos em nossa política é um enorme circo, onde situação e oposição, esquerda e direita, se dividem nas atrações, tendo como picadeiro o estado brasileiro. A única diferença, é que os palhaços não se apresentam nesse circo. Os palhaços estão na platéia. Na verdade os palhaços somos nós! Enganados, manipulados e desrespeitados, seja pela mídia, pelos políticos e até mesmo pela justiça. Lembrem-se que tem juiz que era referência na luta contra a bandalheira, mas acabou pilotando um porsche e tocando um piano, ambos de Eike Batista, ambos apreendidos por ordem desse mesmo juiz.
Será que o juiz Moro resiste? Até onde ele vai? Até onde ele aguenta?
E assim caminha o povo brasileiro. Ainda na esperança de se sentir respeitado e bem representado pela classe política.        

sábado, 7 de março de 2015

UTOPIA DO DESESPERO - SÓ QUERO BOAS NOTÍCIAS!



Finalmente saiu a lista do Janot! A tão esperada, porém com nomes cuja presença já era lamentavelmente previsível. E digo lamentavelmente, pois lá estão ex-ministros, ex-presidente, ex-governadores, vice-governador, deputados, senadores e os atuais presidentes do senado e congresso nacional e câmara dos deputados. Veja a lista completa dos que serão investigados:


Vice-governador
João Leão (PP-BA) – vice-governador da Bahia

Senadores
Renan Calheiros (PMDB-AL) – presidente do Senado e do Congresso Nacional
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Benedito de Lira (PP-AL)
Ciro Nogueira (PP-PI) – senador pelo Piauí e presidente nacional do PP
Edison Lobão (PMDB-MA) – senador pelo Maranhão e ex-ministro de Minas e Energia
Fernando Collor (PTB-AL) – senador por Alagoas e ex-presidente da República
Gladison Cameli (PP-AC)
Gleisi Hoffmann (PT-PR) – senadora pelo Paraná e ex-ministra da Casa Civil
Humberto Costa (PT-PE) – senador por Pernambuco e ex-ministro da Saúde
Lindberg Farias (PT-RJ) – senador pelo Rio de Janeiro e ex-candidato ao governo do Estado
Romero Jucá (PMDB-RR) – senador por Roraima e ex-líder do governo no Senado
Valdir Raupp (PMDB-RO)

Deputados
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – presidente da Câmara e ex-líder do PMDB na Câmara
Afonso Hamm (PP-RS)
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
Aníbal Gomes (PMDB-CE)
Arthur Lira (PP-AL)
Dilceu Sperafico (PP-PR)
Eduardo da Fonte (PP-PE)
Jerônimo Goergen (PP-RS)
José Mentor (PT-SP)
José Otávio Germano (PP-RS)
Lázaro Botelho (PP-TO)
Luís Carlos Heinze (PP-RS)
Luiz Fernando Faria (PP-MG)
Missionário José Olimpio (PP-SP)
Nelson Meurer (PP-PR)
Renato Molling (PP-RS)
Roberto Balestra (PP-GO)
Roberto Britto (PP-BA)
Sandes Júnior (PP-GO)
Simão Sessim (PP-RJ)
Vander Loubet (PT-MS)
Waldir Maranhão PP-MA)

Políticos sem mandato
Mário Negromonte (PP-BA) – ex-ministro das Cidades, atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia
Roseana Sarney (PMDB-MA) – ex-governadora do Maranhão e ex-senadora
Aline Corrêa (PP-SP)
Carlos Magno (PP-RO)
Cândido Vaccareza (PT-SP)
João Pizzolatti – (PP-SC)
José Linhares (PP-CE)
Luiz Argôlo (ex-PP, atual SD-BA)
Pedro Corrêa (PP-PE)
Pedro Henry (PP-MT)
Roberto Teixeira (PP-PE)
Vilson Covatti (PP-RS)

Outros
Fernado Antonio Falcão Soares (Fernando Baiano) - lobista
João Vaccari Neto - tesoureiro do PT


E o que isso tem de lamentável? O óbvio! Nessa lista vemos como são desprezados, jogados na lama e desrespeitados nossos sonhos, nossos desejos e anseios por um país melhor, representados na figura de nosso voto.
Muitos vão dizer: "Bem feito! O povo é burro! Não sabe votar!" Mas meus amigos, o que é saber votar nesse país? Elegemos por um bom tempo, pós ditadura, governos classificados como direita ou com participações no famigerado regime militar, com a inclusão de um ou outro esquerdista. "Tomamos na cabeça!" Fracasso em políticas sociais, segurança pública, saúde e educação, além de diversos escândalos de corrupção, os quais só não tiveram a repercussão de hoje, porque atualmente o poder da mídia e a velocidade da informação são infinitamente maiores que naquela época. Mas até que alguma coisa boa veio, na figura do real, mas fora isso, não enxergo nada de significativo.
Dessa forma, convencidos da necessidade de mudança, partimos para a oposição, que era a esquerda, e que até hoje está no poder. Os resultados não podemos dizer que foram ruins inicialmente. Atingimos bons patamares na economia, boa política externa, porém ainda devendo em pontos básicos como saúde, educação e segurança pública.
Mas a partir de um certo período, parece que a "casa caiu"! Foi uma sequência de casos de corrupção, que inclusive mancharam severamente o nome do maior orgulho nacional: a PETROBRÁS. Daí foram CPI´s, investigações, até chegarmos na atual "Lava Jato", que parece sim ter alto grau de credibilidade.
Bom, voltando a lista do Janot e aos nomes que lá estão, e ao desrespeito a nossa eterna esperança por mudanças, confesso que me sinto um "BABACA"! Desculpem a contundência da palavra, mas é isso aí. Você tenta tantos anos a direita, não dá certo e muda para a esquerda, e vê que ainda acontecem as mesmas coisas de antes. Ok, podemos pensar em mudar novamente, mas ao olhar a lista do Janot, você vê as duas vertentes lá representadas (situação e oposição), não importando a proporção. E mais, os dois líderes do poder legislativo "cravados" nessa lista. Os líderes de centenas de pessoas, nas quais depositamos nossos sonhos de mudanças e melhorias, e que estas mesmas centenas de pessoas os elegeram como seus líderes. Mas uma vez situação e oposição como atores principais de um crime contra a moral e a ética, nos ferindo diretamente. Com isso, vemos nossas esperanças ruírem.
Para onde vamos agora? Em quem votar? Em quem acreditar? Logo, tomei uma decisão! Resolvi momentaneamente me alienar e abraçar uma utopia, no vídeo que coloco abaixo. É uma música da Xuxa, chamada "Boas Notícias". Sei que vão dizer "Xuxa? Mas que babaquice!" Ora, não somos todos "babacas"? Não é nisso que o estado brasileiro está nos transformando, cuspindo em nossos votos com toda essa bandalheira? Não é em uma "babaquice" que está se tornando nossa ida as urnas em todas as eleições? Então sejamos "babacas" assumidos e viva a nossa "babaquice".
"De hoje em diante, só quero boas notícias..."





terça-feira, 3 de março de 2015

OPERAÇÃO TANGA – A SOLUÇÃO PARA O BRASIL



Um dia Raul Seixas cantou que a solução era alugar o Brasil. Hoje eu gostaria de propor uma outra solução. Quem sabe melhor, pois começaríamos do zero. Gostaria de propor a Operação Tanga.
O que seria isso? Muito simples! Hoje, o Brasil, por conta de uma falha terrível de planejamento do governo, pois bancou um populismo sem uma base sólida, somada aos escândalos de corrupção em diversos segmentos, e nisso podemos incluir sim setores e unidades federativas com envolvimento direto da oposição, encontra-se no caminho de uma séria recessão. Será com certeza um período turbulento, do qual não tenho dúvida de que sairemos, mas que provavelmente em alguma outra época mais uma vez teremos que encarar. Dessa forma, entendo que precisamos dar um choque fatal no país. Um choque sócio econômico que quebre o Brasil de vez. Que deixe a todos, absolutamente todos, independentemente da condição financeira, na mesma “lama”.
Obviamente muitos irão me perguntar: “Carlos, você enlouqueceu? Está drogado?”. Não, não estou. O que gostaria de ver era um recomeço. Todos começando exatamente do zero, sem nada, sem posses, vivendo de plantio, de caça e vestindo tangas! Como os índios! Precisamos fazer no Brasil algo similar ao dilúvio bíblico, mas na sociedade como um todo, na política, na economia.
Explicando melhor, hoje temos um desnível muito grande na sociedade. Muitos têm pouco e poucos têm muito. Mas muita gente competente, inteligente, honesta e com profundo valor agregado em termos de caráter e capacidade intelectual, não teve boas oportunidades, ou infelizmente tomou decisões equivocadas ao longo de sua vida, que acabaram por deixa-los para trás, na corrida pelo sucesso ou por melhores condições de vida. Ora, isso é passível de acontecer a qualquer um de nós. Somos todos humanos e falhos. Assim sendo, se houver um cataclismo sócio - político - econômico no Brasil, ao ponto de leva-lo a bancarrota, estaremos todos nós, absolutamente todos nós, independente da classe social, devidamente igualados. Sem nada! Zerados de tudo! Aí, amigos, colocando todos em uma mesma condição, poderemos ter a chance de ver realmente quem tem competência para vencer, para se destacar, para liderar e para mudar o Brasil no futuro.
Costumo comparar a uma bandeira amarela em uma corrida automobilística. Muitas vezes, um piloto competente e com um carro competitivo, acaba por cometer uma pequena falha na largada e fica para o fim da fila. Se os pilotos e respectivos carros a sua frente forem de seu mesmo nível , e as vezes nem tanto, mas dependendo das condições da pista, a recuperação fica complicada. Mas com uma bandeira amarela, todos voltam a estar próximos. E na relargada, aquele que errou, pode acertar e conquistar várias posições por sua competência e pela qualidade de seu carro. Pode enfim voltar a ter chances reais de vencer a corrida. Alguns poderão dizer: “Ah, mas é injusto com os pilotos que acertaram na largada!” Não concordo! Se os pilotos que acertaram na largada forem realmente competentes e tiverem bons carros, conseguirão sustentar suas posições e até conquistar a vitória. Mas por outro lado, aquele piloto competente que cometeu uma pequena falha, terá outra chance justa de se recuperar. Como disse, quem de nós não erra? E por que não podemos ter uma nova chance? Por que condenar ao fracasso alguém que simplesmente errou? Um certo Jesus disse um dia “Aquele que não possuir pecado, que atire a primeira pedra”.
Voltando a Operação Tanga, é esse o contexto. Deixar todos na mesma situação adversa, sem nada, pobres, miseráveis, para dar uma nova chance aqueles que em algum momento erraram em suas vidas, que tomaram decisões equivocadas, ou até mesmo por aqueles cujas condições nunca foram favoráveis. Sei que em muitos casos, pessoas surgiram do nada e deram a volta por cima. Mas vamos ser bem sinceros. Esses casos são exceções. Na maioria das vezes, falta um dos principais ingredientes: a oportunidade. Mesmo que a busca pela mesma seja incansável, ás vezes ela não chega. Quantos Bill Gates ou Steve Jobs não existem por aí no ostracismo? Quantos Faustões ou Silvios Santos também não ficaram pelo caminho depois de morrerem tentando um lugar ao sol? Quantas Xuxas, quantos Robertos Justos? É meus amigos. Vencer na vida realmente não é fácil, principalmente pra quem vem de muito, muito baixo.
Uma outra realidade que podemos vivenciar, é o desespero de quem sempre teve tudo e de repente perde tudo. Já ouvi falar de muitos suicídios por conta disso. Pessoas que não aceitam uma queda no padrão de vida e desistem de lutar. Preferem morrer a viver na pobreza. Com isso pergunto: esses são realmente os fortes? Esses são realmente os competentes, os mestres da estratégia? Eu tenho certeza que, deixando um bilionário na mesma situação de um miserável, o miserável é capaz de vencer facilmente o desafio, pois na maioria dos casos, os que possuem fortuna, já as têm de berço. Já os miseráveis não. Logo, um miserável sabe se virar na miséria, óbvio. Mas e um ricaço? Que ambiente será esse para ele? Seria algo que ele nunca viu ou vivenciou.
Com a Operação Tanga, pessoal, com todos vivendo no mato ou em cavernas, caçando e plantando para comer, se vestindo com peles de animais ou penas e folhas de plantas (olha a tanga novamente, objeto de nossa tese), todo mundo receberia uma grande bandeira amarela e teríamos uma relargada muito justa. Uma segunda chance para muitos e uma chance de recomeçar e consolidar sua competência para outros tantos. E aí, como se diz popularmente, veríamos quem realmente tem “garrafas pra vender”. A solução é afundar o Brasil!!!