Meus caros camaradas, hoje vamos falar
um pouco de música. Mas infelizmente, quando queremos falar de
música, nos deparamos com anomalias sonoras grotescas que muitos
insistem em chamar de música ou gênero musical.
Desde criança, tenho uma tendência um
pouco diferente da maioria daqueles que cresceram comigo, pois,
inexplicavelmente, optei por tentar acompanhar a boa música. Ou algo
que pelo menos se assemelhasse a música.
Tudo bem, comecei com os sons dos anos
80, que realmente produziram muitas pérolas, pra não dizer outra
coisa. Mas que pelo menos constituíram a semente de algo bom que
merecia acontecer em nossa música, tão censurada na época.
Dessa forma, cresci curtindo o
movimento Rock Brasil, que nos trouxe sim coisas muito boas: Legião
Urbana, Barão Vermelho, Titãs, Capital Inicial... e sem falar de
uma turma que começou um pouquinho antes, uma galera de uma banda
chamada 14 Bis.
Pensaram que eu ia esquecer dele? Só
porque ele começou nos anos 70? Negativo! Falar de Rock Brasil sem
falar em Raul Seixas é melhor pedir pra sair. Esse foi o cara, a
referência de praticamente todos grandes nomes do pop rock nacional.
Porém, no meio disso tudo, tivemos a
infestação de verdadeiras pragas sonoras em nossa música. Isso
começou a acontecer principalmente nos anos 90 e ganhou muita força
na década seguinte. Mas foi uma enxurrada de barbaridades que fazem
valer aquela máxima de que “é melhor ouvir isso que ser surdo”.
Vai uma lista aí só pra sentir o
drama:
É o Tcham
Cia do Pagode
Banda Calypso
Aquele movimento do pagode
melodramático
O Funk baixaria, capitaneado por MC
Catra e Tati Quebra Barraco
Aqueles sertanejos de corno
Meu Deus... vou parar por aqui, pois já
está me dando enjôo!
Pois bem, em minhas andanças na
internet, achei esse vídeo fantástico, do grande mestre Ariano
Suassuna, criticando com propriedade e muita razão, o valor
indevido, porém aplicado a um desses representantes do lixo musical
brasileiro. Vejam só que maravilha:
É isso. Sensacional! Não me canso de
assistir a esse vídeo do mestre Suassuna. Alguém tem coragem de
contestar um gênio desses? Um escritor que nos presenteou com obras
tão maravilhosas do tipo O Auto da Compadecida e Os Homens de Barro?
Ele dando um único exemplo dessa escória musical, definiu para todos os demais a pobreza cultural que representam. Que pena que Ariano se foi... grande pena! Deus poderia ter deixado
ele conosco pelo menos mais uns dez anos para aprendermos mais. Mas por um lado foi bom. Ele não teve o desprazer de conhecer algo ainda pior: a tal da banda Luxúria! Deus me defenda!!!
Só pra fechar, no início falei muito
de Rock Brasil, mas vamos falar sim da MPB. Dizem por exemplo, que a
Calypso era MPB. Vocês acham que é decente incluir a Calypso e os demais lixos que citei anteriormente, no
mesmo seleto grupo onde estão Chico Buarque, Caetano Veloso, Elis
Regina, Tom Jobim, Nara Leão, João Gilberto, Gilberto Gil, Vinícius
de Moraes, Milton Nascimento, dentre tantos outros? É, tem muita
gente que precisa dar uma revisada geral nos conceitos, pra que
deixem de confundir evolução de gênero musical, com sucateamento
da cultura musical de um país.
Meus caros camaradas, deixem seus comentários em nosso blog, em nosso canal ou enviem sugestões para carlosseven72@gmail.com
Grande abraço e
apurem seus ouvidos!
Concordo em gênero,número e grau
ResponderExcluirConcordo plenamente e assino em baixo,não se faz mais músicas como antigamente!.
ResponderExcluir